sexta-feira, 29 de setembro de 2017

Outonas-me


 
 

Eu outono.

Tu outonas.
Ele outona.
Nós outonamos.
Vós outonais.
Eles outonam.

Tudo o que começa, acaba. Todo o inicio, tem um fim. Mas esse fim, dará origem a outro início. Não há fim que não tenha outro início como consequência. Ou seja, o início, é o principio do fim. E o fim antecede o inicio. É cíclico. 

Quando acontece um fim, muita das vezes, não conseguimos perceber a magia que acompanha outro inicio, logo ali ao virar da esquina. Talvez porque nos sentamos logo ali antes da esquina. Tão absortos pelos acontecimentos do ciclo que acabou de acabar. Tudo tem o seu tempo. Talvez seja necessário um tempo de repouso. Um luto ao fim que acabou de findar. Seja lá o que tenha terminado. Mas esse tempo também terá de ter um fim. Como tudo na vida. Um fim que antecede o começo de um novo inicio.

quarta-feira, 20 de setembro de 2017

E se não houvesse amanhã?


 
E se não houvesse amanhã?
E se hoje fosse, realmente, o último dia?
 
Muito se fala das energias que se vão apresentar no céu, no próximo dia 23 de setembro, sábado. Que, segundo algumas teorias, o pior pode acontecer. Que tudo o que conhecemos neste plano, pode efectivamente acabar. Que pode não haver domingo, dia 24 de setembro. Independentemente, do que possa vir a acontecer, pois não conseguimos prever o futuro, acreditando, mais, ou menos, em tais forças cósmicas, qual a sensação de imaginar a realidade desse cenário? De que temos pouco mais de dois dias de vida. De existência. Neste plano. Naquilo que faz parte da nossa realidade. De que tudo o que nos é mais familiar, acabaria. Fim.

quarta-feira, 13 de setembro de 2017

Bom dia!




Antes de mais, bom dia!
Votos de um dia em paz, com amor e alegria.
 
Hoje de manhã, quando abri o olhos pela primeira vez, no meu dia, lembrei-me de ver para dentro, antes de ver para fora. Fechei os olhos e vi. Observei. Para dentro. Para além do visível e palpável a olho nu. Para além da matéria. Para mim. Uns momentos a sós comigo mesma. Desejar um bom dia, para mim. Sentir-me na minha pele. Sentir quem sou, para que não me esqueça qual o meu papel neste palco da vida. Encontrar-me comigo.
 
Quando entrei no wc, olhei no espelho e vi. Vi alguém que não via, fazia já algum tempo. Tempo demais, para quem passa vinte e quatro horas, nesse alguém e só a vê, escassos minutos dessas vinte e quatro horas. Parece estranho, mas é assim mesmo. Levamos os dias a interagir com tanta gente. No frenesim do corre corre diário, sem tempo para quem somos. Sem tempo para nos darmos um mimo. Um sorriso. Um olá. Um elogio. Sem nos desejarmos bons votos. Como pode isso acontecer, se levamos o dia, a desejar 'bom dia', a quem nos cruza. Sendo-nos as pessoas mais importantes, da nossa vida, algo está invertido. Talvez esquecido.
 
Então hoje a primeira pessoa a quem desejei um bom dia, foi aquela em que vivo vinte e quatro horas por dia. Aquela que sente todos os meus passos. Aquela que me apoia sempre que preciso. Aquela que calça os meus sapatos. Aquela que tenho de respeitar todos os dias da minha vida. Aquela que sofre nas minhas dores. Aquela que vibra nas minhas vitórias. Eu!
 
Votos de um dia feliz!
Margarida