quinta-feira, 19 de outubro de 2017

Aqui, a morte já morreu.


 
 
Não sou pessoa de criticar ou julgar, quem quer que seja, menos ainda publicamente. A menos que mexa directamente com a minha pessoa. Não julgando, tento colocar os pontos nos Is. O auto-respeito exige que não se aceite nada menos do que respeito, de quem quer que seja. Todos temos a liberdade do livre arbítrio. Eu acredito na lei do karma. Pode não ser imediata, mas ela existe. Para além de que falar e voltar a falar em assuntos que despoletam baixas energias, não é bom para nós, nem para o mundo que nos rodeia. Ainda assim, sinto-me com o direito de tecer alguns comentários sobre o acontecimento que marcou o país nos últimos dias.

Não acompanhei quaisquer comentários, dos extensos tempos dedicados a este assunto, pelos meios de comunicação. Tentei estar actualizada nos acontecimentos. Ajudando naquilo que me foi, e é, possível fazer. Cada um terá como o fazer, à sua maneira, se assim o pretender. Em minha opinião, dentro da minha liberdade de expressão, vejo apenas uma causa para tudo isto. A gritante inconsciência humana. Resultado de um mundo semeado de seres perdidos de si mesmos e da sua verdadeira essência. Não poderá haver qualquer argumento que justifique fazer mal a si mesmo, e ao próximo. Estamos a falar de actos que levam à destruição do mundo. Morte do meio ambiente. Morte de seres vivos, humanos e não humanos. Não encontro adjectivo adequado para qualificar o que me passa na mente relativamente a este terrível acto.
Acto que provocou os piores cenários. A morte de florestas. A perda de todos bens de famílias. Perda do ganha-pão. A carbonização de animais vivos. A carbonização de seres humanos. Isto é de facto assustador. Monstruoso, diria. Ao ponto a que chegou o ser, dito humano, de fazer tanto mal a si próprio, ao seu semelhante, e a toda a vida na terra. Seja qual for a sua forma.
Ainda assim, a responsabilidade de quem já tem alguma consciência da vida, de quem já tem algum conhecimento, diz-nos que há que unir forças. Para isso é que cá estamos. Unir o que houver de bom e ajudar. Há sempre uma forma de o fazer. Basta querer. Não desresponsabilizando a quem de direito, seja quem for. Há que fazer a transmutação da energia desoladora do quadro resultante. Mantendo a luz, paz e amor em nossos corações, e levá-los a quem precisa. Enviando luz às almas que partiram, fazendo chegar a paz e o amor aos que ficaram em seus corpos tão sofridos de dor. Trabalhando para o equilíbrio da energia entre os povos. Ajudando os outros, nos conseguiremos ajudar a nós próprios. Nunca menosprezando ou esquecendo de que todos somos um.
Desesperança. Desacreditação. Foi o que ficou em corações de dor. Há que fazer chegar a estes corações o sentimento de que não estão sozinhos. Que a sua dor, é a nossa dor. Pessoas que ficaram com o cheiro da morte nas suas células. Conviveram com ela. Viram-na sob várias formas. Aqui, a morte já morreu!
Margarida

2 comentários:

  1. Tens razão Margarida, só a união de esforços de todos poderá ajudar a evitar situações como estas e a construir um mundo melhor para todos, mas...

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    1. ...mas ainda há que despertar consciências, para uma cada vez maior, consciencialização universal.

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