A Grande Ciência
Sagrada, como lhe chamavam os Magos, é algo que assusta a alguns e desacredita
a outros. Ou ainda poderemos referir-nos a ela como Maya, a ilusão do mundo
físico. Eu gosto de apelidá-la de dança. Dança da magia.
Numa dança
há que conhecer as técnicas, os passos. De forma a que esta saia de forma
harmónica e coordenada. Ritmada ao compasso da música. De forma espontânea e sentida.
Sem forçar a nada. Na dança da magia da vida não é diferente.
Esta é a dança
da alma. O físico apenas sentirá os resultados dessa dança. Como se de uma
impressora se tratasse. Nesta dança, as técnicas essenciais são a flexibilidade,
capacidade de aceitação e resiliência. Os passos deverão ser acertados a cada
momento. Há que estar atento a cada necessidade de acerto de passo. Em
conformidade com as necessidades do momento. Cada música tem o seu próprio
passo. Não há processos iguais. Ainda que semelhantes. Muda de processo para
processo e de bailarino para bailarino.
Ninguém
nasce ensinado. Este é um plano de seres imperfeitos que vêm buscar evolução e
crescimento. Através desta dança. Se uns conseguem dançá-la, é porque ela está acessível
a quem a quiser aprender. Poder-se-á começar na plateia do espectáculo. E só
depois passar ao palco. Ao nosso placo. Porque cada um de nós tem o seu próprio
palco.
Dançar é uma
arte. Uma arte que se poderá melhorar ao longo da vida. Com treino e estudo.
Aplicação. De forma a que esta tenha a sua beleza por excelência. Para isso é
necessário conseguir ouvir a alma. A nossa mais profunda e verdadeira essência.
Para a conseguir respeitar e não dançar um passo que não seja o nosso. Quando
conseguido, a sua beleza é inigualável. O sentimento de plenitude é viciante.
Quando uma vez experienciado, torna-se uma necessidade. Que não mais
dispensamos.
Esta dança é
o elixir da alma.
A sintonia
dos sentidos.
A
coordenação dos corpos.
A plenitude
existencial.
Margarida
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